Nomeada como
Pirola, ela foi descoberta pela Frente de Vigilância Genômica de SARS-CoV-2 do
Instituto Aggeu Magalhães (IAM), unidade da Fiocruz em Pernambuco, na última quarta-feira
(27).
Os estudiosos
identificaram esta nova linhagem por meio do sequenciamento genômico, que é
feito a partir de uma amostra do vírus, removendo o material genético de outras
moléculas. Foram colhidas amostras de pacientes das cidades do Recife, Jaboatão
dos Guararapes, Olinda, Ouricuri, Paulista e Salgueiro.
A pesquisa analisou
46 exemplares para o sequenciamento, dentre os quais se conseguiu obter 30 genomas
com uma taxa de cobertura superior a 90% de qualidade. Todos os genomas foram
reconhecidos como pertencentes às linhagens e sublinhagens da Ômicron
(B.1.1.529-like e BA-like), que correspondem ao genoma Pirola.
A Pirola foi
detectada pela primeira vez em julho de 2023 na Dinamarca e possui mais de 35
mutações em partes importantes do vírus, se comparada com a variante XBB.1.5.
Esta última foi a que mais infectou as pessoas no começo deste ano em alguns
países e chegou a ser identificada no Brasil.