O
adiamento do encontro que decidiria a permanência do PMDB no governo Dilma
Rousseff, de novembro para março de 2016, levou integrantes do partido no
Senado a defender nos bastidores a substituição do vice-presidente da
República, Michel Temer, no comando da legenda.
Ele
preside o partido desde 2001, tendo sido reconduzido no início de 2013. Senadores
do PMDB consideram que, após quase 15 anos de comando de Temer, ligado à
bancada da Câmara, é preciso um rodízio na cúpula.
Isso
poderá, inclusive, levar a uma guinada na relação com o governo, já que o
partido pretende ter candidato próprio na eleição presidencial de 2018.
A
avaliação entre alguns senadores é de que ou se chega a um "entendimento"
ou haverá um "intenso embate" em relação à sucessão de Temer.
Ao
apetite para retirar do vice o protagonismo na condução do partido, juntou-se
nestes últimos dias o descontentamento de parte dos senadores com o presidente
da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).