A
presidente Dilma Rousseff negou no último domingo que o governo tenha feito um
acordo com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para
evitar um processo de impeachment.
“O
acordo do Eduardo Cunha não era com o governo, mas com a oposição, que era
público e notório”, afirmou.
Questionada
sobre uma eventual queda de Cunha após as denúncias de que o peemedebista
mantinha contas secretas na Suíça, Dilma afirmou “não ter como se manifestar”
sobre o que ocorre no Legislativo e no Judiciário.
“Cunha
não integra o meu governo. Eu lamento que seja com um brasileiro (as
denúncias)”.
Questionada
sobre o momento político atual, Dilma também pediu um acordo com a sociedade
para vencer a crise.
“Temos
de buscar sistematicamente um ambiente de diálogo, de entendimento, de paz. E
não um ambiente em que questões partidiárias ou pessoais sejam colocadas acima
dos interesses do país.”
Dilma
afirmou que o retorno da CPMF é parte essencial do conjunto de medidas
anunciadas pelo governo para retomar o crescimento econômico.
“O
Brasil precisa aprovar a CPMF para ter um 2016 estável no sentido de
reequilibrar as nossas finanças. Nós (Dilma e Levy) discutimos tudo isso (na
reunião de sexta-feira).”
“Ela
(CPMF) é crucial para o Brasil voltar a crescer. Precisamos estabilizar as
contas públicas”, disse, antes de reforçar: “Sem a CPMF, isso é muito difícil”.