Em
uma operação que conta com o apoio do Palácio do Planalto, setores do PMDB
articulam adiar para março o encontro do partido no qual o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deseja assistir ao desembarque oficial da
sigla do governo Dilma Rousseff.
O
PMDB pretendia fazer neste ano um encontro extraordinário para discutir os
rumos do partido, meses antes da convenção nacional da sigla, marcada para
março.
No
entanto, sem a chancela do vice-presidente Michel Temer, presidente nacional do
partido, parlamentares e ministros da ala governista do PMDB insistem para que
o encontro seja único, em março do ano que vem, para que o Planalto ganhe tempo
para recompor a relação com os partidos aliados.
Além
disso, defendem os peemedebistas alinhados a Dilma, o partido pode aguardar as
decisões sobre Cunha que, acusado de ter se beneficiado do esquema de corrupção
na Petrobras, pode sair da presidência da Câmara ou até mesmo ter seu mandato
de deputado cassado.
Mas, há uma ala do partido que defende que o partido tome
uma posição firme sobre o futuro político do país, apresentando, inclusive,
programa de governo e candidato próprio para a disputa presidencial de 2018.