Um
dos possíveis alvos da reforma administrativa que a presidente Dilma Rousseff
prepara para a próxima semana, o Ministério do Turismo, controlado pelo PMDB,
tem abrigado em postos chaves peemedebistas derrotados em eleições anteriores
ou afilhados políticos do partido.
A
ideia do Planalto é deslocar o ministro Henrique Eduardo Alves, aliado do
vice-presidente Michel Temer, para o comando da Embratur.
Os
aliados do vice-presidente, no entanto, resistem a aceitar essa mudança. Temer
foi informado que caso Henrique fique sem pasta, abrirá mão de participar do
primeiro escalão do governo.
A
distribuição de cargos de peso a integrantes das diversas alas do PMDB é tida
pelo governo como a última cartada para tentar desmobilizar um processo de
impeachment contra Dilma no Congresso.
A saída de Henrique significa a perda do apoio do senador Garibaldi Filho, primo do ministro, no Senado, que passaria a integrar a oposição. O mesmo aconteceria com o deputado federal Walter Alves, primo do ministro potiguar.