As
negociações que a presidente Dilma Rousseff têm feito com o PMDB para
acomodá-lo em sua reforma ministerial resultaram em disputas internas na sigla
que ameaçam o principal objetivo traçado pelo Palácio do Planalto com as
mudanças administrativas: o de obter o apoio coeso da sigla no Congresso.
O
impasse interno no partido aliado emperrou as negociações e obrigou a petista a
adiar em quase uma semana o anúncio das mudanças.
Mesmo
que consiga contemplar os diferentes grupos do PMDB ao final da reforma, Dilma
deve enfrentar problemas com os insatisfeitos.
Prova
disso é que na votação dos vetos presidenciais, em sessão conjunta do Congresso
na semana passada, quase um terço da bancada da sigla na Câmara votou pela
derrubada da decisão de barrar a proposta de alternativa ao fator
previdenciário, mecanismo que desestimularia aposentadorias precoces.
Dos
49 parlamentares peemedebistas presentes, 30% se posicionaram contra a
orientação do governo federal.