A coligação PSD-PT, que foi ratificada no encontro estadual do PT,
colocando o vice-governador Robinson Faria como candidato ao Governo do Rio
Grande do Norte e a deputada federal Fátima Bezerra como postulante ao Senado,
enfrenta sua primeira crise.
Os petistas aprovaram resolução definindo pela chapa própria na disputa
de deputado estadual. No entanto, a
definição encontra resistência entre pré-candidatos do PSD na chapa
proporcional.
Embora o vice-governador Robinson Faria tenha afirmado, durante o
evento, que compreende a posição do PT, o fato não é aceito por deputados
estaduais do PSD.
A deputada estadual Gesane Marinho disse desconhecer que já foi fechado
o acordo para o PT sair sozinha na disputa para Assembleia Legislativa. “As
conversas em relação a proporcional estão acontecendo. Queremos uma coligação
com todos juntos”, disse Gesane Marinho.
A parlamentar observou que o vice-governador Robinson Faria sabe da
reciprocidade que há. “Ele (Robinson) não pode ir para o projeto sem a gente, e
a gente não pode ir para o projeto sem ele”, comentou a deputada estadual.
Ex-prefeito de São Miguel e pré-candidato a deputado estadual pelo PSD,
Galeno Torquato, tem uma avaliação semelhante a de Gesane Marinho. “Como pode
ter uma coligação na majoritária e não na proporcional. O PT está míope,
pensando pequeno, um partido que quer eleger uma senadora pelo Rio Grande do
Norte não pode pensar nessa amplitude”, destacou.