29 de dezembro de 2025

Municípios poderão negociar débitos com a Previdência Social em até 25 anos

 Cidades brasileiras ganharam um desconto de aproximadamente R$ 504 bilhões em suas dívidas com o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) ao longo dos próximos 30 anos -m dinheiro que poderia adiar outra reforma previdenciária, novamente no radar.

O cálculo foi feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que culpa os programas do governo federal pelo rombo nas contas municipais.

A lei, porém, concede uma série de benefícios às cidades que devem ao RGPS: as parcelas da dívida saltarão de cinco para 25 anos; haverá corte de juros, de multas e de correção monetária. Além disso, a dívida deixará de ser corrigida pela taxa básica de juros, a Selic, e, no lugar, a correção será apenas pela inflação mais juros.

O alívio de R$ 504 bilhões para os municípios se deve à aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 66, de autoria da CNM. Aprovada pelo Congresso e regulamentada em setembro como Emenda Constitucional 136, a nova lei mudou as regras para o pagamento das dívidas previdenciárias pelos municípios, mas o assunto acabou ofuscado porque a emenda também renegociou o pagamento de dívidas judiciais, e por isso o texto acabou conhecido como PEC dos Precatórios.