A vereadora Carol Pires (UB), filha da vice-prefeita Kátia Pires denunciou na tribuna da Câmara Municipal de Parnamirim na última semana um suposto superfaturamento de mais de R$ 1 milhão no contrato emergencial firmado entre a prefeitura do município e a Clínica Vitalis, no valor total de R$ 8,2 milhões, para exames laboratoriais.
Segundo a vereadora, os preços contratados estão muito
acima da tabela do SUS, o que representaria um grave prejuízo aos cofres
públicos.
“O exame Citomegalovírus IGG, por exemplo, foi contratado
por R$ 142,94, quando na tabela SUS custa R$ 15,56. O sobrepreço neste único
item chega a R$ 527 mil!”, denunciou.
Outros exames também apresentam discrepâncias gritantes: Hemoglobina
glicada: R$ 14,31 no contrato / R$ 7,86 na tabela SUS; Capacidade de ligação de
ferro: R$ 8,58 no contrato / R$ 2,00 na tabela SUS; e IGG e IGM do
Citomegalovírus com valores até 12x acima do normal
Carol Pires não poupou palavras: “Na linguagem popular,
superfaturamento se chama roubo. E está acontecendo roubo comprovado.”
Ela ainda cobrou postura da Casa Legislativa e anunciou
que vai protocolar um pedido de CEI (Comissão Especial de Investigação) para
apurar os contratos da gestão atual:
“A prefeita vai continuar calada diante de tudo isso? Eu
estou trazendo os documentos, provas, e nada é feito. Sozinha eu não consigo. A
população está sendo punida!”, afirmou.
Com a denúncia em mãos, a vereadora reforçou que mais de
R$ 1 milhão poderia estar sendo revertido em exames, mas estaria sendo desviado
por sobrepreço.
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