O fechamento massivo de unidades do Bradesco voltou a gerar forte reação de funcionários e clientes, após a confirmação de que o banco encerrou 342 agências, 1.002 postos de atendimento e 127 unidades de negócio entre junho de 2024 e junho de 2025.
Segundo o
Dieese, o número representa quase 38% de todas as agências bancárias fechadas
no Brasil no período, atingindo especialmente cidades que dependiam do
atendimento presencial.
As medidas
motivaram protestos em diversas regiões do país no último dia 19 de novembro,
durante o Dia Nacional de Luta, organizado por sindicatos dos bancários.
Essas medidas
geram um prejuízo muito grande para a sociedade. Muitos municípios estão com
agências fechadas. Enquanto o Bradesco celebra lucros recordes.
A redução das
unidades acontece em meio ao avanço dos serviços digitais. Segundo a Febraban,
7 em cada 10 transações bancárias foram realizadas por celular em 2023, e o Pix
liderou com 63,8 bilhões de operações em 2024. Com isso, bancos vêm
justificando os fechamentos pela queda na demanda presencial.
Os idosos são os
mais prejudicados, pois têm dificuldade de acessar as plataformas digitais. No
entanto, sindicatos alertam para consequências sociais mais amplas.
Em alguns
estados, o corte acelerado de unidades levou à intervenção judicial.
O Tribunal de
Justiça do Maranhão (TJ-MA) suspendeu o fechamento de 16 agências do Bradesco
em abril, atendendo a pedido do Procon estadual.
Na Bahia, onde 134
agências foram fechadas entre 2020 e maio de 2025, sindicatos buscam decisões
semelhantes.
