16 de setembro de 2025

Senado Federal voltará a debater proposta de criação do “SUS da Educação”

 A proposta de criação do Sistema Nacional de Educação busca organizar responsabilidades entre União, estados e municípios e pode mudar repasse de recursos e avaliação escolar

Esse mês, o projeto de criação do Sistema Nacional de Educação (SNE), chamado de “SUS da Educação”, que tramita desde 2019, voltou ao Senado Federal. Mas, se aprovado, como ele funcionará e no que afetará as redes de ensino?

O Projeto de Lei (PLP 235/2019) para criar o SNE é de autoria do Senado e retornou à casa legislativa após ter tramitado por pouco mais de 3 anos na Câmara Federal. A proposta voltou para o Senado porque na Câmara (que a recebeu em março de 2022) ela foi modificada, logo, demandou que fosse reavaliada na casa legislativa de origem.

Pela proposta, o Governo Federal é responsável por coordenar o SNE e definir a política nacional de educação. Também deve oferecer apoio técnico e financeiro aos estados, Distrito Federal e municípios, além de regular, avaliar e supervisionar o sistema federal de ensino.

Os governos estaduais devem coordenar, regulamentar, avaliar e supervisionar os sistemas de ensino da rede estadual. Também têm a função de criar e manter a Comissão Intergestores Bipartite da Educação (Cibe), apoiar tecnicamente e financeiramente os municípios e desenvolver sistemas próprios de avaliação da educação básica, em articulação com a avaliação nacional.

Já os municípios são responsáveis por coordenar, regulamentar, avaliar e supervisionar seus sistemas de ensino (ou integrar-se ao sistema estadual, se preferirem). Devem ainda elaborar o plano municipal de educação e organizar a oferta de vagas de acordo com a demanda local.

Outra novidade é o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Sinaeb), que aplicará avaliações a cada 2 anos.