O portal Metrópoles divulgou uma informação no mínimo embaraçosa para o senador Rogério Marinho (PL-RN) em meio ao escândalo do roubo dos aposentados.A matéria, publicada aponta que um dos alvos da operação da Polícia Federal que prendeu o lobista Careca do INSS e o empresário Maurício Camisotti, no último dia 12, o advogado Nelson Wilians, doou R$ 10 mil para a campanha de 2018 do parlamentar potiguar e líder do PL no Senado.
Como se sabe,
Rogério foi secretário Especial da Previdência durante o governo de Jair
Bolsonaro (PL) e é um dos integrantes da CPMI do INSS, que investiga a farra
dos descontos indevidos sobre aposentadorias.
Já Nelson Wilians é
investigado pela PF por suspeita de lavagem de dinheiro para Maurício
Camisotti, empresário apontado como beneficiário final de três entidades
investigadas por fraudar filiações de aposentados para aplicar descontos. Ele
foi alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos pela PF, no âmbito da
Operação Cambota, segunda fase da Operação Sem Desconto.
Ao Metrópoles, o
senador do RN disse que a doação foi feita “observando todos os procedimentos
legais” e “não tem condão de interferir em sua atuação como parlamentar”.
Conflito de
interesses poderá tirar Rogério Marinho da CMPI do INSS. O pedido foi feito
pelo deputado Paulo Pimenta. Afinal de contas, pode o ex-secretário Especial da
Previdência, que sabia dos roubos, que recebeu dinheiro de um dos presos na
operação da PF no caso, participar da comissão como se longe estivesse do
escândalo?