A operação Carbono Oculto, que levou a Receita Federal a prender empresários do setor de combustíveis que colaboravam com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), está investigando o envolvimento de empresas em vários estados do Brasil.
A produtora de gasolina Copape e a distribuidora Aster
Petróleo estão entre os principais alvos. Operação tem 350 alvos e solicitou o
bloqueio de mais de R$ 1 bilhão de bens dos envolvidos.
Cerca de 1.000 postos de combustíveis em vários estados
alvo das investigações da Polícia Federal movimentaram R$ 52 bilhões entre 2020
e 2024, a maioria para lavagem de dinheiro. Eles recebiam dinheiro em espécie
ou via maquininhas de cartão para tornar o dinheiro do crime lícito e
devolvê-lo ao PCC. O recolhimento de tributos no período também foi muito baixo
e incompatível com suas atividades. Os postos já foram autuados pela Receita Federal
em mais de R$ 891 milhões.
Segundo a Receita Federal, cerca de 140 desses postos
eram usados para receber mais de R$ 2 bilhões em notas fiscais de combustíveis.
A investigação acredita que são aquisições simuladas para ocultar valores
ilícitos depositados nas distribuidoras vinculadas à facção.
