1 de setembro de 2025

Grandes distribuidoras de combustíveis estariam sendo usadas pelo crime organizado

 A operação Carbono Oculto, que levou a Receita Federal a prender empresários do setor de combustíveis que colaboravam com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), está investigando o envolvimento de empresas em vários estados do Brasil.

A produtora de gasolina Copape e a distribuidora Aster Petróleo estão entre os principais alvos. Operação tem 350 alvos e solicitou o bloqueio de mais de R$ 1 bilhão de bens dos envolvidos.

Cerca de 1.000 postos de combustíveis em vários estados alvo das investigações da Polícia Federal movimentaram R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, a maioria para lavagem de dinheiro. Eles recebiam dinheiro em espécie ou via maquininhas de cartão para tornar o dinheiro do crime lícito e devolvê-lo ao PCC. O recolhimento de tributos no período também foi muito baixo e incompatível com suas atividades. Os postos já foram autuados pela Receita Federal em mais de R$ 891 milhões.

Segundo a Receita Federal, cerca de 140 desses postos eram usados para receber mais de R$ 2 bilhões em notas fiscais de combustíveis. A investigação acredita que são aquisições simuladas para ocultar valores ilícitos depositados nas distribuidoras vinculadas à facção.