Nos últimos nove anos, pelo menos R$ 4,4 bilhões em benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e programas assistenciais, como o Bolsa Família, foram pagos para pessoas que já morreram, e no mínimo R$ 28,5 milhões ainda são pagos mensalmente, segundo auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União).
O problema é a
falta de atualização das informações - pelas famílias ou cartórios Setenta e
cinco mil mortos ainda estão recebendo benefícios.
O TCU apontou
que 13,1 milhões de mortes não foram registradas no Sirc, o sistema nacional
utilizado para informações sobre o registro civil, em parte devido à falta de
procura das famílias para emissão de certidão de óbito e ao atraso de cartórios
no envio das informações.
O sistema exige que
os cartórios registrem óbitos no prazo de um dia útil, mas alguns demoram mais
de nove dias, gerando pagamentos indevidos, que já somam R$ 2,7 bilhões.
Além disso, falhas
na coleta de dados, como a falta de informações básicas de identificação, como
CPF e data de nascimento, resultaram em prejuízos de R$ 163 milhões.
