7 de julho de 2025

Prefeita Nilda atende recomendação do MP e exonera familiares da secretária Fativan

 A prefeita de Parnamirim, Nilda Cruz (Solidariedade), atendeu à recomendação do Ministério Público do Rio Grande do Norte exonerou três servidores familiares da Secretária de Assistência Social, ex-vereadora Fativan Alves, que ocupavam cargos em situação considerada como nepotismo.

A decisão foi oficializada no Diário Oficial do Município, publicado no último dia 27, após reiterada recomendação do promotor Sérgio Gouveia, da 6ª Promotoria de Justiça de Parnamirim, que atua na área de patrimônio público.

Foram exonerados: Pedro W. Moura de Paiva (filho da secretária); Rayana M. M. de Paiva (filha do cunhado da secretária); e Jose R. B. de Paiva (cunhado da secretária)

Segundo o Ministério Público, as nomeações violavam os princípios constitucionais da administração pública, especialmente o da impessoalidade.

O promotor Sérgio Gouveia destacou que, caso a prefeita não acatasse a recomendação, seria proposta uma ação de improbidade administrativa contra os responsáveis.

O Ministério Público também alertou sobre tentativas de movimentação interna para manter os servidores em outros setores da Prefeitura. O documento destacou que tais manobras seriam tratadas como tentativas de burlar a legislação.

“Se porventura houver alteração da lotação dos servidores para outro setor, como já aconteceu com o Sr. Jose Raniere Barros de Paiva, com vistas a burlar a vedação imposta, restará clara a movimentação ilegal e a prova de influência indevida para beneficiar os referidos parentes“, registrou a recomendação.

O MPRN seguirá monitorando as exonerações e fiscalizando novas nomeações que possam configurar nepotismo no município.

O fato causou repúdio em razão de Fativan Alves, quando exercia o mandato de vereadora, tinha posições radicais contra a administração do prefeito Taveira e se apresentava como política "limpa" e cumpridora das leis, combatendo tudo que considerava ilegal no poder público.

Porém, ao assumir cargo no legislativo a secretária arrumou um jeito de empregar seus familiares, mesmo sabendo que sua atitude contrariava a Súmula Vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal (STF).