O período de chuvas exige atenção redobrada com os idosos. Superfícies molhadas e escorregadias aumentam significativamente o risco de quedas, que podem trazer sérias consequências para essa faixa etária - especialmente quando há o agravante da osteoporose, doença silenciosa que compromete a resistência dos ossos.
De acordo com o neurocirurgião e cirurgião de coluna Marco Moscatelli,
as alterações estruturais e metabólicas que acompanham o envelhecimento deixam
o corpo mais vulnerável.
“A osteoporose é uma doença causada pela perda da massa óssea e
raramente apresenta dor antes que alguma fratura já esteja instalada”, explica.
Entre os idosos, principalmente mulheres após a menopausa, a
descalcificação óssea se acelera devido à queda dos níveis hormonais de
estrogênio, o que aumenta a propensão a fraturas mesmo em situações simples,
como uma tosse, espirro ou uma pequena queda.
As consequências podem ser graves. “Fraturas vertebrais por compressão
afetam cerca de 25% das mulheres no período pós-menopausa, chegando a 40% entre
aquelas com mais de 80 anos, com um aumento de até 15% na mortalidade em
comparação com quem não sofreu fraturas”, alerta Moscatelli, com base em dados
da Organização Mundial da Saúde (OMS).
As fraturas mais comuns nesse público são as de vértebras, fêmur, punho
(rádio) e braço (úmero). Além da dor intensa, é comum a diminuição da estatura
após uma fratura vertebral.