15 de julho de 2025

Ministério Público entra com recurso para suspender a poda do Cajueiro de Pirangi

 O Ministério Público do Rio Grande do Norte entrou com um recurso nesta sexta-feira (11) pedindo à Justiça que a sentença que determina a poda do maior cajueiro do mundo, que fica na praia de Pirangi, em Parnamirim, seja complementada com um estudo técnico mais detalhado antes de qualquer intervenção na árvore.

A poda prevista para o maior cajueiro do mundo ganhou repercussão na última semana após o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), órgão estadual responsável pela administração do cajueiro, cumprir etapas do processo, como audiências públicas na Câmara Municipal de Parnamirim.

O possível corte da árvore centenária gerou debates entre autoridades, ambientalistas, moradores e comerciantes: há os que defendem o corte como medida preventiva, e aqueles que são contra pelo risco de afetar a saúde e longevidade da árvore, um dos pontos turísticos do litoral potiguar (veja detalhes mais abaixo).

O embargo do MP citou que houve omissão nos termos da sentença e também que o MP não foi intimado da decisão proferida.

O MP se ateve ao trecho da decisão que cita que o Idema deve realizar em até 120 dias "um estudo prévio que viabilize a regular poda ou intervenções similares no Cajueiro de Pirangi que possibilite o bom desenvolvimento da formação, bem como compatibilizar o livre trânsito de automóveis, transeuntes e residentes nas proximidades da referida árvore sem pôr em risco a própria saúde do vegetal e dos particulares".

Para o MP, a expressão "estudo prévio” se mostrou "excessivamente aberta e imprecisa". Também, alegou que a decisão foi "omissa e insuficiente ao não especificar os elementos mínimos que devem constar no estudo prévio".

"A ausência de detalhamento sobre o conteúdo mínimo de tal estudo cria uma lacuna que pode levar à apresentação de um documento tecnicamente insuficiente, que não atenda à complexidade e à relevância ambiental do Cajueiro de Pirangi, reconhecido como Patrimônio Natural de Parnamirim", citou o embargo.