O período oficial de chuvas no Semiárido do Nordeste, que segue de fevereiro a maio, chegou ao fim com acumulado dentro da média, apesar de ter sido o pior em 8 anos.
O segundo semestre,
porém, é marcado por escassez, retrato que já começa a se desenhar em junho, de
acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
O presidente da
Funceme, Eduardo Sávio, destacou que “o cenário para os próximos 30 dias não é
animador”.
Chuvas eventuais
“podem acontecer”, segundo Eduardo, “mas nada que seja significativo para
garantir tanto aporte quanto também uma sustentabilidade de cultura de
sequeiro”, pontua sobre as atividades agrícolas do Estado.
A ocorrência de
chuvas no Semiárido é dividida em três momentos, como lista Meiry Sakamoto,
gerente de Meteorologia da Funceme:
· - Pré-estação: de
dezembro a janeiro, quando atuam os Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN)
e as frentes frias;
· - Quadra chuvosa:
de fevereiro a maio, quando atua a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT);
· - Pós-estação:
junho a novembro, quando atuam os Distúrbios Ondulatórios de Leste (DOLs).
No segundo semestre,
então, devem predominar as poucas chuvas e a pouca presença de nuvens, o que
favorece outra característica forte do período no Semiárido nordestino: as
altas temperaturas.