6 de junho de 2025

Quadra chuvosa no Semiárido do NE chega ao fim; agora vem o período de escassez

 O período oficial de chuvas no Semiárido do Nordeste, que segue de fevereiro a maio, chegou ao fim com acumulado dentro da média, apesar de ter sido o pior em 8 anos.

O segundo semestre, porém, é marcado por escassez, retrato que já começa a se desenhar em junho, de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

O presidente da Funceme, Eduardo Sávio, destacou que “o cenário para os próximos 30 dias não é animador”.

Chuvas eventuais “podem acontecer”, segundo Eduardo, “mas nada que seja significativo para garantir tanto aporte quanto também uma sustentabilidade de cultura de sequeiro”, pontua sobre as atividades agrícolas do Estado.

A ocorrência de chuvas no Semiárido é dividida em três momentos, como lista Meiry Sakamoto, gerente de Meteorologia da Funceme:

·         - Pré-estação: de dezembro a janeiro, quando atuam os Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN) e as frentes frias;

·         - Quadra chuvosa: de fevereiro a maio, quando atua a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT);

·         - Pós-estação: junho a novembro, quando atuam os Distúrbios Ondulatórios de Leste (DOLs).

No segundo semestre, então, devem predominar as poucas chuvas e a pouca presença de nuvens, o que favorece outra característica forte do período no Semiárido nordestino: as altas temperaturas.