18 de março de 2024

Negociação para federação entre PSDB, PDT e Podemos está em “nível avançado”

Presidente nacional do PSDB, o ex-governador Marconi Perillo (GO) afirmou a CartaCapital que as conversas da sigla com PDT e Podemos sobre uma eventual federação partidária estão em “nível avançado”, mas ponderou que o martelo só deve ser batido após as eleições municipais deste ano.

“O clima é muito favorável. Essa abordagem é crucial para nossa sobrevivência, priorizando o pragmatismo mesmo. Mas, isso é para depois da eleição. Nós vamos fazer com calma, já estamos conversando e avançando nesse sentido”, explicou o tucano.

As eleições deste ano são vistas pelo PSDB como um teste para uma nova plataforma política de “terceira via”. A sigla, que governou o Brasil por duas vezes, viu sua capilaridade derreter nas urnas e lideranças históricas aderirem ao bolsonarismo ou

a outros projetos políticos nos últimos anos.

Desde 2017, as coligações foram extintas nas eleições proporcionais, que escolhem deputados e vereadores. No entanto, a legislação continuou a permitir a união de partidos em torno de uma única candidatura nas disputas majoritárias (para presidente, senador, governador e prefeito.

Com a criação das federações, instituída em 2022, os partidos podem se unir na disputa por qualquer cargo, desde que permaneçam assim por todo o mandato conquistado. A federação vale para eleições majoritárias e proporcionais.

A principal diferença entre os modelos, portanto, é o caráter permanente das federações, uma vez que as alianças firmadas nas coligações valem apenas até a eleição e podem ser desfeitas logo em seguida.

O PSDB, que hoje está federado por quatro anos com o Cidadania, elegeu 18 deputados federais e quatro senadores em 2022. Por sua vez, o Podemos – que se fundiu com o PSC em junho passado- possui 18 deputados e sete senadores, enquanto o PDT tem uma bancada com 20 congressistas.