11 de dezembro de 2023

Fundo eleitoral milionário para 2024 causa divergência no Congresso Nacional

Os recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, mais conhecido como Fundo Eleitoral, para as eleições municipais de 2024 têm gerado impasse no Congresso Nacional e dificultado a tramitação das peças orçamentárias para o próximo ano.

A falta de acordo fez com que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) não traga uma definição sobre o tema, o que deve ficar para a Lei Orçamentária Anual (LOA).

Com a perspectiva de votação antes do recesso parlamentar, dois entraves precisam ser resolvidos. O primeiro deles é qual vai ser o tamanho do Fundo Eleitoral.

Três cifras estão na mesa. A primeira delas foi apresentada pelo Governo Lula, que propôs que cerca de R$ 939,2 milhões sejam destinados ao financiamento de campanhas em 2024.

 A previsão, descrita na LOA, é menor do que os recursos previstos no Fundo Eleitoral de 2020 e 2022 - a defesa de parlamentares é que estes sejam os valores usados como referência para 2024. 

Outro impasse cerca a questão: de onde sairá o dinheiro para o Fundo Eleitoral do próximo ano. A legislação determina que um percentual do dinheiro saia das emendas de bancada, o que desagrada parlamentares federais. A perspectiva é de, pelo menos, dividir esse ônus com o Governo Federal.

Sem uma solução, a definição acabou ficando de fora do relatório apresentado pelo deputado cearense Danilo Forte (União) na quinta-feira (7). O texto manteve apenas o teto para o valor do Fundo Eleitoral e retirou o parágrafo que falava sobre as emendas de bancada serem usadas para custear o financiamento.