21 de abril de 2023

Ministro do TCU suspende Adicional por Tempo de Serviço de juízes federais

O ministro Jorge Oliveira, do Tribunal de Contas da União (TCU), determinou a suspensão do pagamento de um benefício a juízes federais que poderia custar R$ 870 milhões aos cofres púbicos.

Só na folha de pagamentos de janeiro, o penduricalho custou R$ 16,7 milhões.

O benefício em questão é o Adicional por Tempo de Serviço (ATS), conhecido como quinquênio.

Trata-se de gratificação adicional de 5% a cada cinco anos de trabalho, que havia sido extinta em 2006. Uma decisão de novembro de 2022 do Conselho da Justiça Federal (CJF) restabeleceu o penduricalho e autorizou seu pagamento retroativo em relação a junho de 2006.

Para o ministro, que assinou medida cautelar nesta quarta-feira (19), a decisão de restabelecer o pagamento contraria uma definição do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre remuneração de servidores públicos.

O ministro entendeu ainda que não é possível “conceder ou manter vantagens” que não estão mais previstas em lei, sob o argumento de assegurar a irredutibilidade da remuneração dos magistrados.

Conforme o ministro, a efetivação do pagamento do penduricalho “poderia suscitar idêntico pleito de outras carreiras que fizeram jus, por décadas, a rubricas equivalentes ao adicional por tempo de serviço”.

O penduricalho foi restabelecido pelo CJF em sessão virtual de 16 a 18 de novembro de 2022. Na ocasião, a votação a favor da volta do benefício terminou com um placar de 7 a 4. O conselho analisou um pedido formulado pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).