17 de fevereiro de 2023

Professores seguem cobrando a implementação do piso salarial de 2023

Apenas 21 dos 102 municípios potiguares monitorados pelo Sindicato dos Profissionais da educação (Sinte/RN) efetivaram a implementação de 14,9% do piso salarial, definido pelo Ministério da Educação para 2023.

Para a coordenadora-geral do Sinte-RN, Fátima Cardoso, é dever das prefeituras e do governo estadual viabilizarem o reajuste, conforme a Lei nº 11.738 que instituiu o novo piso.

“A gente entende que os municípios têm as condições, uns de implementar de imediato, outros de fazer parcelamento mais próximo e outros de fazer parcelamento mais distantes. Só não negociam aqueles que não têm vontade, que são conservadores e que vêm buscando uma forma de impedir o processo de negociação", declarou.

Na esfera estadual, o secretário de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, diz que o impacto é insustentável e que a compensação das perdas na arrecadação pela União ajudaria a resolver o problema.

No âmbito estadual, o sindicato dos professores teve a primeira rodada de negociação com o Governo do RN na terça-feira (14), onde foi proposto o pagamento inicial a quem ganha abaixo do piso a partir de março. Os demais teriam o reajuste escalonado: 3% em maio, depois 2,71% em setembro e finalizando com 8,66% em dezembro.

A Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) emitiu nota na qual recomenda cautela aos municípios para que sejam criteriosos nas análises particulares que definam políticas a serem adotadas no reajustes do piso dos professores. A entidade diz que não há base legal concreta para a elevação das remunerações do magistério em 14,95%.