16 de agosto de 2021

Movimento no Senado cresce e articula barrar o retorno das coligações

O Senado ensaia um movimento para enterrar a volta das coligações nas eleições proporcionais, proposta que foi aprovada pela Câmara nesta semana.

O assunto foi discutido em reunião de líderes e há forte resistência à medida chancelada pelos deputados.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), manifestou posição contrária à volta das coligações, justamente para dar suporte ao pacote aprovado recentemente pelos senadores, que vai na direção contrária. Uma das resistências à proposta da Câmara vem do PSD, partido com o qual Pacheco negocia filiação.

"Não sei se o Senado vai se meter muito em uma matéria de interesse da Câmara, mas a tendência é não aceitar porque acabamos de ter a primeira experiência sem coligações", afirmou Pacheco.

A volta das coligações garante uma sobrevida a partidos pequenos que, sem acesso a recursos do fundo partidário em função da cláusula de desempenho, poderiam perder representação no Congresso a partir das próximas eleições.

A estratégia de senadores para derrotar a proposta é exigir que ela passe pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e cumpra todos os prazos regimentais, sem atropelos, o que na prática inviabilizaria a aprovação até outubro, tempo mínimo para entrar em vigor no ano que vem.