Responsável
por prestar o atendimento pré-hospitalar para pessoas em casos considerados
graves, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é mais um serviço
público que tem sofrido com um hábito frequente na população: os trotes.
Levando
em consideração os sete primeiros meses do ano, os atendentes do SAMU Natal 192
já registraram 1.380 trotes em um universo de 31.429 ligações atendidas. Em
todo ano passado, foram 2.956 trotes em um total de 63.093 atendimentos.
Segundo
a coordenadora do serviço, Cecília Picinin, as ligações são as mais absurdas
possíveis. “São ligações de todos os tipos, desde que vão fazer coisas com os
atendentes, até indicação de uma ocorrência que não existe. Infelizmente,
algumas vezes acabamos enviando a viatura e chegando lá não existe nenhum
problema. Ou seja, uma viatura que poderia prestar socorro para uma vítima
real, acaba sendo deslocada para esses casos”.
Para
não acabar enviando uma viatura para o local desnecessariamente, os atendentes
fazem uma série de questionamentos. “Os atendentes precisam pegar a maior
quantidade de informações no menor tempo possível. Muitas vezes, nesse
processo, os profissionais acabam percebendo que se trata de um trote”,
explicou.