A advogada Ana Paula da Silva Nelson, acusada de lavagem de dinheiro e
associação com o tráfico de drogas no Rio Grande do Norte, deve continuar presa
até o julgamento do processo.
Na manhã desta terça-feira (11), a Câmara Criminal do Tribunal de
Justiça julgou e negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa dela, que
agora promete recorrer ao Superior Tribunal de Justiça.
Ana Paula da Silva Nelson – que estava em liberdade provisória – voltou
à prisão no dia 8 de junho após descumprimento de exigências impostas pela
Justiça. Inicialmente, ela havia sido presa em setembro de 2016 durante a
operação Medellín, do Ministério Público e da Polícia Civil, que investiga a
atuação de uma quadrilha de traficantes de drogas no estado.
No despacho que ordenou a volta de Ana Paula à prisão, o juiz Kennedi de
Oliveira Braga, da 9ª Vara Criminal de Natal, relatou que a advogada entrou em
um presídio usando um celular e ainda acabou destratando, com palavras
ofensivas, dois agentes penitenciários.
Após ser novamente detida, a advogada foi levada para a Companhia
Feminina da PM, onde permanece à disposição da Justiça.
Ana Paula Nelson era mulher do policial civil Iriano Serafim Feitosa,
assassinado no dia 3 de fevereiro do ano passado quando dirigia o carro dele
pela Av. Xavantes, no conjunto Cidade Satélite, na Zona Sul de Natal.