Os líderes partidários Celso Russomanno
(PRB-SP), Dudu da Fonte (PP-PE), Maurício Quintella (PR-AL) e Rogério Rosso
(PSD-DF) estão insatisfeitos com a recente reforma ministerial.
O comportamento desses
partidos, que tem ministros no governo, irritou o Planalto. O clima de
beligerância chegou a um ponto dramático quando Celso Russomanno, líder do PRB
na Câmara, chegou a dizer que sua sigla pretendia abrir mão do Ministério do
Esporte. A ameaça foi feita durante uma reunião com o ministro Ricardo Berzoini
(Secretaria de Governo).
Russomanno queixou-se do
orçamento da pasta, ocupada por George Hilton (apresentador de
programas evangélicos no rádio e televisão, ligado à Igreja Universal do Reino
de Deus e indicado pelo PRB). Para Russomanno, o Ministério do Esporte só teria
ações no momento voltadas para as Olimpíadas de 2016.
O PRB também pretende remover
da estrutura do ministério alguns dirigentes deixados pelo PC do B, que
comandou o Esporte até 01.jan.2015, por meio do então ministro, Aldo Rebelo
(hoje na pasta da Defesa). Um deles é o secretário executivo do Esporte, Luís
Fernandes. Ele integra o Comitê Central do PC do B.
“Só tem dinheiro para as
Olimpíadas. Um deputado não consegue construir uma quadra de futebol com
dinheiro do ministério”, reclamou Russomanno.
Ao todo, os 126 deputados
desses 4 partidos (PRB, PP, PSD e PR) teriam condições de oferecer quase a
metade do quórum necessário (257) ao governo para análise dos vetos.