O
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse a interlocutores que pretende deixar o
cargo no fim do ano, caso o “fogo amigo” contra ele continue no governo e no
PT.
Levy
está muito irritado com as críticas que vem sofrendo por parte do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e do partido e, em conversas reservadas, avalia que
enfrenta uma espécie de “ataque especulativo”, o que prejudica até mesmo a
aprovação do ajuste fiscal pelo Congresso.
Nos
últimos dias, Lula intensificou o bombardeio na direção de Levy. Em jantar com
a presidente Dilma Rousseff, na quinta-feira ele voltou a dizer que o titular
da Fazenda tinha “prazo de validade”, expressão usada em outras ocasiões para
expressar seu descontentamento com o comandante da economia. Dilma, porém,
resiste a trocar Levy por achar que a demissão criará ainda mais instabilidade
no governo.
Nos
bastidores, o titular da Fazenda diz que uma coisa é ser atacado por deputados
no Congresso; outra, por Lula. Na avaliação do ministro, há uma ofensiva em
curso para desgastá-lo.
Para piorar o clima, ainda não houve qualquer declaração de Dilma defendendo a permanência dele no governo, depois que circularam rumores, negados pela Fazenda, sobre um pedido de demissão.
Para piorar o clima, ainda não houve qualquer declaração de Dilma defendendo a permanência dele no governo, depois que circularam rumores, negados pela Fazenda, sobre um pedido de demissão.