18 de outubro de 2015

Levy reclama de fogo amigo e quer deixar a Fazenda

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse a interlocutores que pretende deixar o cargo no fim do ano, caso o “fogo amigo” contra ele continue no governo e no PT.
Levy está muito irritado com as críticas que vem sofrendo por parte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do partido e, em conversas reservadas, avalia que enfrenta uma espécie de “ataque especulativo”, o que prejudica até mesmo a aprovação do ajuste fiscal pelo Congresso.
Nos últimos dias, Lula intensificou o bombardeio na direção de Levy. Em jantar com a presidente Dilma Rousseff, na quinta-feira ele voltou a dizer que o titular da Fazenda tinha “prazo de validade”, expressão usada em outras ocasiões para expressar seu descontentamento com o comandante da economia. Dilma, porém, resiste a trocar Levy por achar que a demissão criará ainda mais instabilidade no governo.
Nos bastidores, o titular da Fazenda diz que uma coisa é ser atacado por deputados no Congresso; outra, por Lula. Na avaliação do ministro, há uma ofensiva em curso para desgastá-lo.
Para piorar o clima, ainda não houve qualquer declaração de Dilma defendendo a permanência dele no governo, depois que circularam rumores, negados pela Fazenda, sobre um pedido de demissão.