Na
condição de um dos coordenadores da campanha do senador Aécio Neves (PSDB) a
Presidência da República em 2014, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), já deu
mostras que terá voz e poder de decisão na campanha tucana.
Cássio
pediu e os tucanos decidiram trocar o marqueteiro de senador mineiro. O contrato
do marqueteiro do PSDB, Renato Pereira, vence no fim do mês e não será
renovado.
O
provável candidato à Presidência pela sigla, senador Aécio Neves (MG), adotará
um discurso mais incisivo de oposição ao governo. A mudança já foi notada essa
semana, ao lançar um roteiro com diretrizes para a campanha de 2014 com um tom
mais crítico à presidente Dilma Rousseff e ao PT.
Havia
uma diferença primordial na visão de Pereira e de Aécio sobre a construção do
"personagem político" do futuro candidato a presidente. Pereira
defendia um Aécio que não fosse raivoso, e sim generoso e terno, que se
diferenciasse da prática da "velha política" pautada por ataques.
O
marqueteiro acreditava que o tucano poderia dialogar com os eleitores que foram
às ruas em junho e se apresentar como um político mais descolado.
Para
os tucanos, tanto Aécio quanto membros do PSDB apostam que a sigla precisa ter
um tom mais crítico, de oposição ferrenha ao governo atual. Acreditam que devem
poupar apenas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as conquistas sociais
do PT. Além disso, para a cúpula tucana, os programas de rádio e TV feitos por Pereira
não surtiram o efeito esperado nas pesquisas de intenção de voto.
