31 de outubro de 2013

Tribunal de Justiça considera ilegal corte no orçamento do MP

Os desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ/RN) julgarem ilegal o decreto do Governo do Estado, que reduziu em 10,74% o orçamento do Ministério Público.

De acordo com o voto da relatora do processo, desembargadora Maria Zeneide Bezerra, com isso o Executivo terá que repassar integralmente o duodécimo (transferências financeiras mensais) do MPE.

A procuradoria-geral do Estado discorda desta interpretação e considera que uma súmula do Supremo Tribunal Federal impede essa aplicação imediata.

Os magistrados do TJ/RN apreciaram o mérito do pedido feito pelo MP no processo, já que a liminar (decisão provisória), também favorável aos promotores, havia sido suspensa após decisão contrária do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa.

O Tribunal de Justiça entende que por se tratar de uma fase processual diferente (liminar/mérito) a decisão de Maria Zeneide tornaria sem efeito a liminar proferida no STF. O Governo do Estado, representado por sua Procuradoria entendeu diferente.

O orçamento do Ministério Público foi aprovado na Assembleia Legislativa no montante de R$ 237,2 milhões. Em julho, porém, alegando frustrações de receitas diversas (sobretudo do Fundo de Participação dos Estados), o Governo editou um decreto cujo efeito reduziu as finanças dos Poderes, MPE e Tribunal de Contas.

No caso dos promotores, o ajuste ocasionou uma diminuição de R$ 25,4 milhões, a serem descontados no último semestre do ano. Com isso, o Ministério Público passaria a ser dono de um orçamento em 2013 de R$ 211,7 milhões.