Andres Sanchez deve se demitir do cargo de diretor de
seleções da CBF nesta segunda-feira. O anúncio provavelmente será no início da
tarde, em entrevista coletiva durante a Soccerex, feira sobre futebol que
ocorre no Rio.
Antes, o cartola pretende avisar José Maria Marin,
presidente da CBF, de seu pedido de demissão. Andres ficou contrariado com a
demissão do técnico Mano Menezes da seleção, na sexta-feira.
Coube ao diretor de seleções informar o treinador e ainda
dar uma entrevista coletiva para explicar a decisão. "Eu não concordei,
fui voto vencido", disse um constrangido Andres Sanchez na sede da
Federação Paulista de Futebol.
Marin e seu vice, Marco Polo Del Nero, não se manifestaram
sobre a demissão de Mano.
Andrés também estaria irritado com o fato de Marin e Del
Nero terem iniciado, sem consultá-lo contatos com Luiz Felipe Scolari para
substituir Mano.
O ex-técnico do Palmeiras está no Rio Grande do Sul
visitando familiares. Segundo sua assessoria, não foi procurado por ninguém da
CBF, e não tem nenhuma reunião marcada com dirigentes da confederação.
Andres foi contratado em dezembro do ano passado, pelo então
presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para o cargo de diretor de seleções.
Começou na função assim que concluiu seu segundo mandato como presidente do
Corinthians.
Na prática, cabia a Andres servir como elo entre a comissão
técnica e a cúpula da CBF, além de negociar amistosos, tratar da liberação de
jogadores e servir como interlocutor dos clubes com a confederação.
FUTURO
Uma vez fora da CBF, é muito provável que Andres passe a
fazer oposição à dupla Marin/Del Nero. A próxima eleição para a presidência da
CBF está marcada para abril de 2014 --foi antecipada para evitar que maus
resultados na Copa atrapalhassem o candidato da situação, que será Del Nero.
Pelo estatuto da entidade, é preciso que cinco federações estaduais e pelo
menos oito clubes apoiem um candidato a presidente.