Pesquisas recentes indicam um aumento significativo no
número de brasileiros que vivem em áreas sob a influência de facções ou
milícias. Dados de outubro de 2025 mostram que cerca de 28,5 milhões de pessoas
(19% da população) convivem com o crime organizado, um aumento em relação aos
14% do ano anterior.
As organizações criminosas expandiram suas atividades
para além dos negócios ilegais tradicionais (como o narcotráfico),
infiltrando-se em setores lícitos da economia, como mineração, comércio de
combustíveis e transporte público, o que afeta o crescimento econômico e a
concorrência leal.
As facções e milícias não apenas atuam de forma difusa,
mas em muitos casos controlam territórios inteiros, impondo suas próprias
regras e um sistema paralelo de poder, inclusive ostentando armamento de
guerra.
As atividades desses grupos resultam em consequências
humanas e sociais dramáticas, incluindo altos índices de crimes violentos, como
homicídios e tiroteios, afetando a segurança e a saúde das pessoas e reduzindo
a confiança nas instituições públicas.
O sistema prisional é frequentemente apontado como um
fator que contribui para o fortalecimento das facções, funcionando como centro
de comando e recrutamento para o crime organizado, onde as lideranças continuam
a coordenar operações ilícitas.
As autoridades, como a Polícia Federal e o Ministério da
Justiça e Segurança Pública, têm intensificado as ações de combate, resultando
em um aumento das apreensões de bens e dinheiro do crime organizado.
No entanto, os desafios persistem, e especialistas
sugerem a necessidade de políticas integradas que combinem a ação policial com
medidas sociais e econômicas, como a prevenção à criminalidade através de
programas de educação, emprego e planejamento urbano, para um combate eficaz a
longo prazo.
