10 de novembro de 2025

Facções criminosas expandem atuação em vários estados e causam preocupação

O crescimento de facções criminosas no Brasil é um tema de grande e crescente preocupação para autoridades e a sociedade civil, devido ao seu impacto profundo na segurança pública, economia e na vida cotidiana da população.

Pesquisas recentes indicam um aumento significativo no número de brasileiros que vivem em áreas sob a influência de facções ou milícias. Dados de outubro de 2025 mostram que cerca de 28,5 milhões de pessoas (19% da população) convivem com o crime organizado, um aumento em relação aos 14% do ano anterior.

As organizações criminosas expandiram suas atividades para além dos negócios ilegais tradicionais (como o narcotráfico), infiltrando-se em setores lícitos da economia, como mineração, comércio de combustíveis e transporte público, o que afeta o crescimento econômico e a concorrência leal.

As facções e milícias não apenas atuam de forma difusa, mas em muitos casos controlam territórios inteiros, impondo suas próprias regras e um sistema paralelo de poder, inclusive ostentando armamento de guerra.

As atividades desses grupos resultam em consequências humanas e sociais dramáticas, incluindo altos índices de crimes violentos, como homicídios e tiroteios, afetando a segurança e a saúde das pessoas e reduzindo a confiança nas instituições públicas.

O sistema prisional é frequentemente apontado como um fator que contribui para o fortalecimento das facções, funcionando como centro de comando e recrutamento para o crime organizado, onde as lideranças continuam a coordenar operações ilícitas.

As autoridades, como a Polícia Federal e o Ministério da Justiça e Segurança Pública, têm intensificado as ações de combate, resultando em um aumento das apreensões de bens e dinheiro do crime organizado.

No entanto, os desafios persistem, e especialistas sugerem a necessidade de políticas integradas que combinem a ação policial com medidas sociais e econômicas, como a prevenção à criminalidade através de programas de educação, emprego e planejamento urbano, para um combate eficaz a longo prazo.