A informação consta em relatório parcial enviado ao
Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira (10). O documento foi divulgado
inicialmente pelo jornal 'O Estado de São Paulo' e a TV Globo também teve
acesso.
A Polícia Federal pediu mais tempo para aprofundar as
investigações e identificar todas as ramificações do esquema. O relatório não
aponta o envolvimento de ministros do STJ.
Segundo a PF, as investigações "revelaram a
existência de um mercado paralelo de influência, no qual contratos milionários
de advocacia ou de consultoria eram firmados com o propósito de assegurar
decisões previamente combinadas, em substituição à efetiva atuação
técnico-jurídica" nos processos.
O relatório descreve a existência de uma rede de
intermediários, operadores e servidores, criada para manipular e direcionar
decisões do STJ e de outros tribunais.
Em novembro do ano passado, Daimler Alberto de Campos,
Márcio José Toledo Pinto e Rodrigo Falcão de Oliveira Andrade foram alvos de
mandados de busca e apreensão e afastados de suas funções no STJ por suspeita
de envolvimento no esquema.
