Nos últimos meses, tem sido observado um aumento significativo de golpes praticados por pessoas que se passam por advogados em todo o Brasil. Esses criminosos utilizam dados de processos reais de profissionais da advocacia para aplicar golpes financeiros, extorsões e até obter informações sigilosas de clientes desprevenidos.
A prática vem se
tornando mais frequente e sofisticada. Os falsários chegam a informar uma falsa
decisão e prometem ganhos, mediante o pagamento de taxas judiciais. É essencial
que advogados e clientes adotem medidas preventivas.
As principais formas de atuação dos golpistas são:
falsificação de documentos com o uso indevido de nomes e registros na OAB,
contato com clientes via Instagram, Facebook e WhatsApp e a criação de falsos
prazos e urgências pressionando a vítima a pagar taxas como condição para
receber os valores de causas judiciais.
Entre as orientações para se proteger desse tipo de golpe
recomenda-se que em nenhuma hipótese o cliente faça pagamentos sem um contrato
formal; confiram sempre o destinatário do pix ou beneficiário de boletos e
nunca compartilhem documentos sem confirmação prévia, pois os dados podem ser
usados para outros crimes.
Praticar estelionato ou falsidade ideológica usando a
identidade de um advogado configura crime, com penas que podem chegar a oito
anos de prisão, além de indenizações por danos morais e materiais.
A ação criminosa é articulada em nível nacional, já
recebendo atenção da Polícia Federal e do Conselho Federal da Advocacia que
atuam conjuntamente para combater a fraude.