25 de junho de 2025

Servidores denunciam caos na saúde de Parnamirim e aprovam paralisações

 Servidores da saúde de Parnamirim decidiram ampliar as paralisações e aprovaram, em assembleia geral na segunda-feira (23), novas mobilizações para o próximo mês.

As paradas estão marcadas para os dias 1º e 2 de julho, com duração de 48 horas, incluindo caminhada, ato público e concentração em frente à prefeitura.

No dia 7 de julho, a categoria fará uma nova suspensão de 24 horas com assembleia e indicativo de greve, caso não haja resposta da gestão municipal à pauta de reivindicações.

Segundo Paulo Martins, diretor estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (Sindsaúde), os serviços em Parnamirim vêm se deteriorando por conta da sobrecarga de trabalho, redução de equipes e condições precárias nas unidades.

Ele criticou a decisão da prefeitura de reduzir o funcionamento do Laboratório Central, que atualmente atende pacientes de mais de 40 unidades básicas de saúde. “A demanda é muito grande, não há como dar conta de tanto atendimento. Em vez de a prefeita ampliar os serviços, o que ela está fazendo? Vai diminuir os atendimentos no laboratório”.

O diretor do Sindsaúde ainda denunciou a defasagem salarial dos profissionais, que acumula perdas de mais de 31% desde a implantação do plano de cargos em 2019.

Na assembleia desta segunda, os servidores aprovaram o envio de uma contraproposta à Comissão de Otimização e Encargos Funcionais (Coef), ligada à gestão da prefeita Nilda Cruz (Solidariedade). O documento estipula prazo de 10 dias para retorno. Caso não haja resposta, os trabalhadores avaliarão a possibilidade de decretar greve geral na assembleia do dia 7 de julho.