Servidores da saúde de Parnamirim decidiram ampliar as paralisações e aprovaram, em assembleia geral na segunda-feira (23), novas mobilizações para o próximo mês.
As paradas estão marcadas para os dias 1º e 2 de julho,
com duração de 48 horas, incluindo caminhada, ato público e concentração em
frente à prefeitura.
No dia 7 de julho, a categoria fará uma nova suspensão de
24 horas com assembleia e indicativo de greve, caso não haja resposta da gestão
municipal à pauta de reivindicações.
Segundo Paulo Martins, diretor estadual do Sindicato dos
Trabalhadores em Saúde do RN (Sindsaúde), os serviços em Parnamirim vêm se
deteriorando por conta da sobrecarga de trabalho, redução de equipes e
condições precárias nas unidades.
Ele criticou a decisão da prefeitura de reduzir o
funcionamento do Laboratório Central, que atualmente atende pacientes de mais
de 40 unidades básicas de saúde. “A demanda é muito grande, não há como dar
conta de tanto atendimento. Em vez de a prefeita ampliar os serviços, o que ela
está fazendo? Vai diminuir os atendimentos no laboratório”.
O diretor do Sindsaúde ainda denunciou a defasagem
salarial dos profissionais, que acumula perdas de mais de 31% desde a
implantação do plano de cargos em 2019.
Na assembleia desta segunda, os servidores aprovaram o
envio de uma contraproposta à Comissão de Otimização e Encargos Funcionais
(Coef), ligada à gestão da prefeita Nilda Cruz (Solidariedade). O documento
estipula prazo de 10 dias para retorno. Caso não haja resposta, os
trabalhadores avaliarão a possibilidade de decretar greve geral na assembleia
do dia 7 de julho.