Hospitais privados e filantrópicos que queiram aderir ao programa "Agora tem Especialistas" e trocar dívidas por atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão abater até 50% dos débitos com a União, anunciaram ontem os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Saúde).
A estimativa do Ministério da Saúde é de que a adesão
gere até R$ 2 bilhões em créditos por ano para essas instituições.
"Vamos trabalhar para que entrem R$ 2 bilhões em
atendimentos, cirurgias e consultas especializadas realizadas neste segundo
semestre, porque oferta o limite de crédito nesse mecanismo", disse
Padilha.
De acordo com o ministro, os hospitais que aderirem à
ação deverão ofertar no mínimo R$ 100 mil por mês em procedimentos. No caso de
hospitais localizados em regiões com menos instituições aptas a oferecer exames
e cirurgias, o valor poderá ser flexibilizado para R$ 50 mil.
Nos próximos dias, Padilha ainda deve anunciar as
condições para que o ressarcimento por planos de saúde ao sistema público seja
incorporado ao programa. Serão sete áreas prioritárias: oncologia, ginecologia,
cardiologia, ortopedia, oftalmologia, otorrinolaringologia e saúde da mulher.
Esta última foi incluída após o lançamento e vai incluir a oferta de exames
como ultrassonografia, ressonância magnética e biópsia.