Mais de 300 crianças e adolescentes de Parnamirim estão em uma fila de espera aguardando atendimento especializado no CAPS i, o Centro de Atenção Psicossocial voltado para o público com idade abaixo de 18 anos.
Esses jovens sofrem de transtornos mentais graves e estão
desassistidos por causa da falta de estrutura da rede municipal .
Sem o acompanhamento necessário, os jovens têm ficado
cada vez mais vulneráveis ao agravamento do quadro de saúde mental. Há casos
notificados de crianças e adolescentes com quadros de ansiedade, depressão,
automutilação e até tentativa de suicídio. Com o sofrimento psíquico, muitos
pacientes acabam indo para prontos-socorros, como a UPA de Nova Esperança.
A fila de espera está aumentando porque o CAPS i de
Parnamirim está com apenas um psiquiatra para atender toda a demanda. O médico
trabalha uma vez por semana, quando atende 20 pacientes de uma só vez.
Boa parte da demanda também é oriunda do Centro
Especializado em Reabilitação (CER), que está sem profissionais como
psiquiatras e neuropediatras. Pacientes que deveriam ser atendidos no local
procuram o CAPS i, sobrecarregando ainda mais o serviço.