Alvos da Operação 18 Minutos, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (14/8), quatro desembargadores e dois juízes do Tribunal de Justiça do Maranhão são suspeitos de fraudar decisões judiciais e desviar recursos do Banco do Nordeste.
A ação recebeu o nome de “18 Minutos” em
referência ao tempo recorde entre a decisão judicial, a expedição do alvará e o
saque dos recursos desviados, o que sugere um esquema bem orquestrado para
agilizar a transferência ilícita de fundos.
Os policiais federais cumpriram 55 mandados
de busca e apreensão, expedidos pelo STF, nos estados do Maranhão, Pará e Rio
de Janeiro. Entre as medidas adotadas também estão o bloqueio de bens e o
afastamento dos suspeitos de suas funções públicas.
Advogados e ex-juízes também estão sob o radar
das autoridades por suposto envolvimento nos crimes.
Os alvos incluem figuras do judiciário
maranhense, como a desembargadora Nelma Celeste Sousa Silva Sarney Costa,
cunhada do ex-presidente José Sarney; o desembargador Marcelino Everton Chaves;
o desembargador Luiz Gonzaga Almeida Filho; o desembargador Antônio Pacheco
Guerreiro Júnior; a juíza Alice de Sousa Rocha; e o juiz Cristiano Simas de
Sousa. O ex-juiz Sidney Cardoso Ramos também é mencionado na investigação.
De acordo com as investigações, a organização
criminosa era estruturada em três núcleos, que reúnem ex-servidores do banco,
advogados e magistrados.