28 de maio de 2024

Governo fecha negociação com apenas uma entidade de docentes

Após quase dois meses de greve e intensa negociação, o Governo Federal assinou, nesta segunda-feira (27), acordo com professores de universidades e institutos federais, com impacto fiscal de R$ 6,2 bilhões em dois anos.

O termo assinado prevê reajustes que variam de 13,3% a 31,2% entre 2025 e 2026, últimos anos do atual governo, mas nenhum percentual para 2024.

O acordo foi assinado pela Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes).

Mesmo considerando que alguns pleitos não foram atendidos (como o de reajuste em 2024), a Proifes reconheceu que a proposta continha importantes avanços para a carreira e que ela deveria ser defendida.

As demais instituições que não assinaram o acordo, incluindo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), terão mais prazo para levarem novamente a proposta às suas bases e poderão assinar o acordo posteriormente.

O acordo prevê pagamento do acordo em duas parcelas: janeiro de 2025 (9%) e maio de 2026 (3,5%) e reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira. Somada ao reajuste de 9% de 2023, a proposta de valorização da carreira docente até 2026 representa aumento em torno de 28,2% para professores, sendo 43% para o estágio inicial da carreira, o que significa ganho real para o período 2023 a 2026, no qual a inflação projetada varia de 15% a 18%.