Após quase dois meses de greve e intensa negociação, o Governo Federal assinou, nesta segunda-feira (27), acordo com professores de universidades e institutos federais, com impacto fiscal de R$ 6,2 bilhões em dois anos.
O termo assinado
prevê reajustes que variam de 13,3% a 31,2% entre 2025 e 2026, últimos anos do
atual governo, mas nenhum percentual para 2024.
O acordo foi
assinado pela Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de
Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e
Tecnológico (Proifes).
Mesmo considerando
que alguns pleitos não foram atendidos (como o de reajuste em 2024), a Proifes
reconheceu que a proposta continha importantes avanços para a carreira e que
ela deveria ser defendida.
As demais
instituições que não assinaram o acordo, incluindo o Sindicato Nacional dos
Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), terão mais prazo para
levarem novamente a proposta às suas bases e poderão assinar o acordo
posteriormente.
O acordo
prevê pagamento do acordo em duas parcelas: janeiro de 2025 (9%) e maio de
2026 (3,5%) e reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da
carreira. Somada ao reajuste de 9% de 2023, a proposta de valorização da
carreira docente até 2026 representa aumento em torno de 28,2% para
professores, sendo 43% para o estágio inicial da carreira, o que significa
ganho real para o período 2023 a 2026, no qual a inflação projetada varia de
15% a 18%.