A quantidade de professores cedidos e cumprindo funções administrativas está sendo alvo de questionamento no Governo do Rio Grande do Norte.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço
Público da Administração Direta do Estado (Sinsp), o Governo contratou quase
2,8 mil professores temporários a mais que em 2019, mesmo com a redução no
número de estudantes.
Além disso, o sindicato acusa o Governo de aumentar em
quase dez vezes o número de trabalhadores da educação em funções
administrativas.
De acordo com dados atribuídos ao SIOPE/FNDE e
encaminhados pelo Sinsp à Controladoria-Geral do Estado, em janeiro de 2019, o
Estado tinha 847 professores temporários contratados. Em outubro de 2022,
próximo ao fim do primeiro mandato da governadora Fátima Bezerra, o número
saltou para 3.638. Ao todo, segundo o Sinsp, foram 2.791 professores
temporários a mais, com dados do último balanço publicado pelo governo na
transparência do FUNDEB.
Desses números, o Sinsp apontou que 1.510 estavam
trabalhando na parte administrativa, na SEEC, cumprindo funções diferentes das
quais estão previstas para os cargos que foram contratados, sem estarem nas
salas de aula. Em janeiro de 2019, eram 121 que estavam nessa situação.