2 de setembro de 2023

TSE condena Republicanos por fraudes a cotas de gênero em Macau

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou fraudes cometida pelo partido Republicanos, relacionada às cotas de gênero previstas na Lei das Eleições, que estabelece o percentual mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo nas eleições para Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa do Distrito Federal, assembleias legislativas e câmaras municipais.

O partido lançou, segundo o TSE, “candidatas fictícias” para o cargo de vereadoras. Em Macau, a decisão foi unânime, seguindo o voto do ministro relator Benedito Gonçalves, nesta quinta-feira (31).

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e o Partido dos Trabalhadores (PT) alegaram que as candidatas Rayanny Roberta Gomes Dantas de Souza, Maria Cecilia Barbosa de Sousa e Maria Jesus de Andrade, lançadas pelo Republicanos na eleição em Macau, foram “apenas para atingir o percentual mínimo de candidaturas femininas, determinado pela legislação eleitoral”.

Em seu voto, o relator considerou que “a fraude foi comprovada pela ausência de votos e de qualquer ato de campanha em prol das candidatas e por prestações de contas padronizadas, com baixa quantia de recursos, ou zeradas, ou seja, sem movimentação financeira”.

Diante das evidências, o tribunal determinou a cassação dos diplomas dos "candidatos vinculados ao Demonstrativo de Regularidade dos Atos Partidários (Drap)”, além de anular os votos recebidos pelo partido para o cargo de vereador em Macau.

Por fim, ordenou a recontagem dos quocientes eleitoral e partidário e decretou a inelegibilidade das candidatas fictícias pelo prazo de 8 anos.