27 de março de 2023

Prefeitos querem prorrogar prazo de entrada em vigor da nova Lei de Licitações

 A partir do dia 1.º de abril, a nova lei de licitações para União, Estados e Municípios entra em vigor em definitivo, mas muitos administradores públicos não se prepararam para a mudança e vão enfrentar sérios problemas para fazer as novas contratações.

O problema é maior nas prefeituras, que querem prorrogar o prazo. Para isso, seria preciso aprovar uma lei ou negociar com o governo Lula a edição de uma Medida Provisória.

A poucos dias para o fim do prazo, ainda há dúvidas sobre a adoção da lei, sobretudo nos municípios menores, que não se capacitaram para aplicar as novas regras.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM), que espera reunir mais de 10 mil participantes na 24.ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, esta semana, buscará a prorrogação do prazo até o fim do ano.

"A grande verdade é que não só os municípios, mas todos, inclusive as empresas, não conhecem bem a lei", diz o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

Segundo ele, alguns Estados - "assim como o terceiro setor" - também não estão ainda estruturados para aplicar a lei corretamente.

A lei prevê, por exemplo, a exigência de um plano de contratações anual. União, Estados e municípios terão de fazer antes do início do ano um planejamento com todas as contratações que vão ocorrer no ano seguinte. Esse planejamento deve ter informações muito detalhadas sobre as suas necessidades - o que já foi contratado e o que se pretende contratar.

A nova lei das licitações, sancionada em 2021, entrará em vigor no dia 1.º de abril, após um período de dois anos para que União, Estados e Municípios se preparassem.