18 de janeiro de 2023

Confederação Nacional dos Municípios questiona o novo piso dos professores

Não há base legal para o reajuste do piso nacional do magistério de 14,95% em 2023. É o que diz a Confederação Nacional de Municípios (CNM), reiterando que a medida trará impacto anual de R$ 19,4 bilhões apenas aos cofres municipais.

A CNM vem se posicionando sobre a inconstitucionalidade do reajuste desde janeiro de 2022, quando o Ministério da Educação anunciou o reajuste de 33,24% para o referido ano, apesar de haver parecer contrário da Advocacia-Geral da União (AGU).

No Rio Grande do Norte, o impacto para os municípios é superior a R$ 222 milhões.

O movimento municipalista destaca que o piso do magistério não impacta as contas do governo federal, pois quem paga são Estados e Municípios. Já quando se trata de medidas que impactam as finanças da União, como o salário mínimo e o valor per capita do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), há indefinição sobre o reajuste.

Por essa razão, a CNM continua recomendando cautela e prudência aos gestores municipais enquanto não houver solução legislativa para o critério de reajuste do piso.

Em 2023, a entidade mantém a orientação dada no início de 2022 de que os Municípios não estão obrigados a dar o reajuste baseado em dispositivo sem validade legal e que concedam reajuste aos professores considerando a inflação de 2022 e as condições fiscais do Município, com igual tratamento dado ao conjunto dos servidores municipais.