17 de dezembro de 2022

TST limita greve de aeronautas e reduz paralisação a 10% da tripulação

A ministra Maria Cristina Peduzzi, do TST (Tribunal Superior do Trabalho), decidiu nesta sexta-feira (16) que apenas 10% dos pilotos, copilotos e comissários de bordo poderão efetivamente aderir à greve de tripulantes prevista para começar na segunda-feira (19).

A decisão atendeu parcialmente a uma ação cautelar (um tipo de medida emergencial) apresentada pelo Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias). As companhias pediam o cancelamento da greve, o que foi negado.

A decisão da corte trabalhista praticamente inviabiliza o movimento, uma vez que 90% dos tripulantes deverão seguir na ativa. Uma multa de R$ 200 mil foi fixada.

A greve aprovada na quinta (15) previu duas horas de paralisação, sempre das 6h às 8h, por tempo indeterminado.

A greve aprovada pelos aeronautas afeta os voos partindo dos aeroportos de Congonhas (São Paulo), Guarulhos, Galeão, Santos Dumont (ambos no Rio), Viracopos (Campinas), Porto Alegre, Fortaleza, Brasília e Confins (Belo Horizonte).

Os aeronautas cobram das empresas aéreas a recomposição salarial pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e ganho real (acima da inflação) de 5%. Nas cláusulas sociais, pedem a manutenção da convenção coletiva da categoria e a definição de horários de veto para alterações em folgas.