7 de novembro de 2022

Ação contesta eleição de Rogério Marinho por uso da máquina e abuso de poder político

O senador Jean Paul Prates (PT) está contestando a eleição do ex-ministro Rogério Marinho (PL) que, de acordo com ele, foi “baseada em uso indevido da máquina e abuso de poder político por meio do ‘orçamento secreto’”.

 Segundo Jean, o uso da máquina federal e o abuso de poder político, supostamente cometidos por Rogério, estão registrados em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJI) protocolada, ainda no início da campanha eleitoral, pelo candidato do PDT ao Senado, Carlos Eduardo Alves.

Ao interpor a Aije contra Marinho, sobre supostos atos de abusos de poder político e econômico, o advogado Erick Pereira, representante do candidato a senador Carlos Eduardo Alves, mostra que há fortes indícios de que Rogério destinava verbas irregulares para municípios em troca de apoio político.

Para se ter uma ideia, mesmo entre os aliados de Rogério Marinho, não há norma para distribuição das verbas. O município de Mossoró, apesar de estimativa de 303 mil habitantes, recebeu pouco mais de R$ 29,1 milhões. Parnamirim, município da Região Metropolitana, com estimativa de pouco mais de 272 mil habitantes, obteve mais de R$ 61,6 milhões.

Entre aliados e não aliados, é notória a diferença de valores. O município de Serra Negra do Norte, com seus 8.105 habitantes, cujo prefeito é aliado de Marinho, teve uma verba de R$ 9.555.659,66. Currais Novos, com 45.022 habitantes, recebeu R$ 973.806,00.

São Tomé tem pouco mais de 11 mil habitantes, teve repassados R$ 5.922.348,00. Afonso Bezerra, município com pouco mais de 11 mil habitantes, mas cujo prefeito não é aliado de Rogério Marinho, recebeu R$ 1.803.720,25. Outro exemplo, Espírito Santo tem 10.463 habitantes e chegou ao município R$ 6.052.696,00. Sítio Novo recebeu R$ 936.538,00.