O Ministério Público do Rio Grande do Norte denunciou um vereador e
ex-secretários municipais de Saúde e Assistência Social por fraudes no sistema
de marcação de consultas e exames do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado.
Ao todo, oito pessoas já são rés em quatro processos distintos que
resultaram da operação Fura-fila, deflagrada pelo MPRN no dia 20 de abril
passado.
As participações do deputado estadual Soua Neto e de outras pessoas no
suposto esquema ainda estão sob investigação.
O vereador Diogo Rodrigues da Silva, da cidade de Parnamirim, é apontado
como suposto cabeça do esquema. Ainda antes de se eleger em 2020, ele teria
montado o esquema de inserção de dados falsos no Sistema Integrado de
Gerenciamento de Usuários do SUS (SIGUS), sistema informatizado utilizado pela
Sesap e por alguns municípios do Estado para regular a oferta, autorização,
agendamento e controle de procedimentos ofertados pelo SUS, burlando a fila do
SUS.
A suspeita é que ele teria como braço-direito no esquema a própria
companheira, Monikely Nunes Santos, funcionária de um cartório em Parnamirim.
Diogo Rodrigues e Monikely Nunes foram denunciados pelo MPRN por
corrupção passiva, peculato, inserção de informações falsas em banco da dados
da administração pública e lavagem de dinheiro.
Além de Diogo Rodrigues e Monikely Nunes, o MPRN já são réus em processos após a denúncia do MPRN: Eliege da Silva Oliveira, ex-secretária de Saúde de Ielmo Marinho; Gleycy da Silva Pessoa, secretária de Saúde de Brejinho; Anna Cely de Carvalho Bezerra, secretária de Assistência Social de Brejinho; Alberto de Carvalho Araújo Neto, secretário de Saúde de Arês; Maria Célia Rodrigues da Silva, mãe do vereador Diogo Rodrigues; e Bruno Eduardo Rocha de Medeiros, que foi sócio da Medeiros e Rocha LTDA, empresa responsável pelo SIGUS.