A classe policial do país ameaça romper o apoio ao governo depois da
proposta de emenda à Constituição (PEC) Emergencial ter sido aprovada no Senado
com um texto estabelecendo que a categoria ficará com salários, promoções,
progressões e concursos suspensos enquanto durar o decreto de calamidade
pública, devido à covid-19, e quando as despesas do governo federal atingirem
95% de sua receita.
A área é uma das que compõem fortemente a base eleitoral do presidente
Jair Bolsonaro e pode abandonar o barco da corrida presidencial de 2022.
A atitude do governo revoltou instituições policiais, que acusaram o
Executivo de tratar a categoria com descaso e apenas com interesses eleitorais,
além de não priorizar a valorização da segurança pública.
“Com tal medida, não resta outra alternativa a não ser a adoção de estado de alerta e mobilização permanente, a fim de combater o desmonte econômico, social e profissional que vem sendo imposto ao serviço público e à toda a segurança pública brasileira”, lamentou a União dos Policiais do Brasil (UPB), em nota assinada por outras 24 entidades.