28 de julho de 2020

Álcool em Gel aumenta casos de queimaduras durante a pandemia

Pessoas que higienizam mãos e braços com álcool e logo depois, distraídas, se aproximam do fogo: vão cozinhar ou acender churrasqueira, lareira, fogueira ou mesmo vela, estão correndo sérios riscos de incêndio no corpo.
Dados da SBQ (Sociedade Brasileira de Queimaduras) de centros de tratamento de queimados de 19 estados mostram que, desde 20 de março, 445 pessoas foram internadas com queimaduras relacionadas ao álcool 70% na sua forma gel ou líquida.
O que mais chama a atenção dos médicos, no entanto, são os acidentes com álcool em gel, que inexistiam até então.
"Com mais exposição do álcool no uso doméstico, houve aumento brusco de queimaduras. O álcool em gel deve ser usado quando a pessoa estiver na rua. Em casa, a higienização deve ser feita com água e sabão", diz o cirurgião José Adorno, presidente da SBQ.
Segundo Adorno, além do álcool 70% ser mais inflamável, os frascos grandes têm mais chances de explodir quando próximos ao fogo, causando queimaduras profundas, que deixam cicatrizes e problemas funcionais.