18 de fevereiro de 2020

Prefeitos do RN cobram o Pacto Federativo

As dificuldades econômicas têm feito a arrecadação própria dos municípios despencar e levado muitas prefeituras do Estado a ficar com as contas públicas no "vermelho", sem recursos suficientes para pagar seus servidores e manter serviços básicos.
Pela legislação, a despesa com pessoal dos municípios não pode ultrapassar 60% da Receita Corrente Líquida (RCL). O Poder Executivo só pode gastar com funcionários até 54% do que arrecada, uma vez que 6% são reservados às Câmaras Municipais.
De acordo com dados do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte referentes ao segundo quadrimestre (maio, junho, julho e agosto) de 2019, mais de 50% dos prefeitos gastaram com servidores mais do que determina a legislação.
Uma saída para o aperto passa pela rediscussão do Pacto Federativo (que envolve divisão das receitas e despesas entre União, estados e municípios). Os prefeitos do RN vêm cobrando urgência na aprovação do Pacto Federativo.
Uma reforma tributária é outra demanda cobrada com urgência pelos gestores. Existem duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) tramitando no Congresso Nacional sobre o tema. Uma é a PEC nº 45, na Câmara Federal, e a outra é a PEC nº 110, no Senado. Há, ainda, uma proposta do Governo Federal e outra do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).