"Levou esse? Era pra pegar esse", ela disse, em ligação com
Joenne Brito Souza Aragão, secretária que trabalha em seu gabinete no TJ.
'Esse', no caso, era uma referência a um celular que ela queria, segundo os
investigadores, evitar a apreensão.
O diálogo foi grampeado no âmbito da Operação Joia da Coroa,
desdobramento da Operação Faroeste que levou Maria do Socorro à prisão nesta
sexta-feira (29), por ordem do ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de
Justiça.
No dia 7 de novembro, quando a Faroeste foi deflagrada, o ministro
decretou o afastamento da desembargadora de suas funções por 90 dias e a
proibiu de manter contato com servidores da Corte.
A medida foi extensiva a outros três desembargadores, inclusive o
presidente do Tribunal de Justiça, Gesivaldo Britto, e dois juízes de primeira
instância, um deles já aprisionado.
Agentes da Polícia Federal encontraram cerca de R$ 100 mil em espécie,
além de joias e obras de arte no apartamento da desembargadora Maria do Socorro
Santiago.