10 de fevereiro de 2019

O intelectual petista é um angustiado

Certo, até aí nada demais. Todos vivemos a angústia e a náusea de estar no mundo, segundo os filósofos existencialistas. Mas o petista sofre mais.
Todos os dias tem que mudar de opinião sobre um mesmo fato. Na campanha eleitoral odeia o banqueiro. No poder, corre para abraça-lo, com juras de amor eterno: o mensalão foi armado com banqueiros. Se é contra o teto de gastos, no Poder o adota, abrindo caminho a cotoveladas.
Mas a angústia maior é a arrumação diária de seu altar dos santos do partido. O santo de hoje é o demônio de amanhã, que depois volta a ser bibelô, posto no altar dois dias depois.
Vejam o caso do notável equilibrista Renan Calheiros. Foi santo na campanha presidencial. Na campanha pelo Senado, acenou apoio ao Bolsonaro e foi expulso do altar com olhar de profundo desprezo.
Derrotado no domingo, o alagoano se autointitulou oposicionista e amanheceu na segunda-feira exposto como o santo mais incensado do altar. É o mais novo e lustroso bibelô do altar, com direito a velas decoradas. E a angústia sartreana se renova.
O intelectual petista “é antes de tudo um forte…”

·        Por Carlos Linneu T F C